Treinar em jejum ajuda a emagrecer?
Nos últimos anos, treinar em jejum tem vindo a estar cada vez mais na moda, no mundo dos praticantes de exercício físico, apresentado-se como uma ferramenta superior quando a finalidade é a perda de peso e de massa gorda.
Treinar em jejum tem sido uma actividade desempenhada por muitas pessoas, mas que tem provocado polémica.
Existe concordância e discordância, mas no final interessa saber as vantagens e desvantagens de treinar em jejum.
O jejum é caracterizado pela ausência de ingestão de energia por ciclos prolongados que podem variar entre várias horas ou dias.
Geralmente, os praticantes deste método, realizam o treino de manhã após 8 a 12h de jejum nocturno, sem que aconteça o consumo de qualquer alimento que forneça energia dentro desse período.
Faz mal treinar em jejum?
O exercício aeróbico em jejum, também denominado como AEJ, é um método de treino explorado por muitas pessoas com a finalidade de emagrecer mais rápido.
Este exercício deve ser efectuado em baixa intensidade e habitualmente é feito em jejum, logo depois de acordar.
Este plano tem como princípio fazer com que o corpo utilize as reservas de gordura para gerar energia, visto que durante o jejum as reservas de glicose foram esgotadas.
Esse tipo de treino ainda está em estudo e é muito discutido entre os profissionais, pois pode gerar um desequilíbrio no organismo, como hipoglicemia (nível de açúcar no sangue muito baixo) ou desconforto, sem necessariamente existir emagrecimento.
Pode até acontecer a redução de proteínas e, consequentemente, a perda de massa muscular pode suceder.
Para desvendar essa questão, algumas pessoas preferem tomar algum tipo de suplementação, como o BCAA, que é um suplemento constituído por aminoácidos habilitados para prevenir a perda muscular, no entanto, isso pode desvalorizar o jejum.
Algumas desvantagens de treinar em jejum:
# Desmotivação durante os exercícios aeróbicos;
# Diminuição da performance no exercício;
# Desequilíbrio no organismo;
# Maior chance de desenvolver doenças;
# Enjoos;
# Desmaios;
# Tontura;
# Hipoglicemia;
# Perda de massa muscular pelo aumento da quebra
de proteínas, no caso de exercícios praticados em jejum com
intensidade elevada.
Como treinar em jejum da maneira adequada?
A melhor forma de realizar um treino em jejum é fazer um exercício com intensidade entre baixa e moderada, já que treinos mais pesados e que exigem força requerem energia rápida, que geralmente vem dos hidratos de carbono — que estão em falta para quem está em jejum.
Muitas pessoas pensam que, se temos uma grande quantidade de tecido adiposo – ou seja, gordura – no corpo, é de lá que o organismo vai tirar energia para os treinos.
Contudo, o nosso corpo é mais eficiente em retirar essa energia do músculo, o que acarreta também em perda de massa magra. Com isto, pode até emagrecer, mas vai perder precisamente aquilo que deixa o seu corpo bonito.
Com uma alimentação variada e saudável antes do treino, desempenha melhor as suas funções ao longo do treino.
A refeição antes do treino é indispensável para uma boa performance desportiva.
Deve ser de simples digestão, pobre em lactose, e rica em glícidos complexos.
A ingestão de alimentos como flocos de aveia, pão de mistura, arroz, massa ou leguminosas possibilitam o armazenamento de glicogénio muscular e hepático, a manutenção da glicemia (níveis de açúcar no sangue) e, por conseguinte, um melhor nível de energia no decurso do treino.
Deve evitar a ingestão de alimentos ricos em gorduras, como pizzas, hambúrgueres ou batatas fritas, uma vez que a sua digestão a nível gástrico é tendencialmente lenta.
Uma hora antes de efectuar o exercício físico, coma alimentos de baixo índice glicêmico, como pão integral, fruta com aveia, batata doce e mandioca.
Fome e treinos extenuantes podem causar mal-estar, tonturas e desmaios.