Quais são as principais consequências de uma noite mal dormida?
Todo o individuo passa aproximadamente um terço da sua existência a dormir, não fosse essa uma ferramenta crucial à sua sobrevivência.
Há alguns anos atrás dormir era sinónimo de uma vida ativa, atualmente temos conhecimento que a falta de sono pode originar sérios problemas à saúde.
Quem nunca teve uma noite ou outra mal dormida? É frequente acontecer, mas quando as noites sem dormir ocorrem constantemente podem influenciar a saúde física e mental.
Não dormir tem um custo: sempre que o sono não é suficiente nem de qualidade, o risco de serem tomadas más escolhas e de se correr riscos escusados aumenta.
Demorar mais do que meia hora a adormecer ou ter dificuldade em manter o sono, pelo menos três noites por semana, durante, no mínimo, três meses – é este o método que dita as insónias crónicas, as quais influenciam perto de 10% da população.
Os malefícios de dormir mal são muitos.
A privação de sono crónica pode aumentar os riscos de diabetes, depressão, hipertensão, AVC, ou mesmo ganhar peso.
Estudos demonstram que os portugueses dormem pouco e mal. O alerta não é novidade e os números já demonstravam que em 2019, mais de metade dos portugueses dorme menos de seis horas por noite.
Mas afinal quantas horas de sono, precisa cada pessoa?
Na realidade, é muito relativo: para algumas pessoas podem ser cinco horas, para outros dez.
Alguns estudos demonstram que a média na população seria de oito horas de sono por dia, no entanto, deveríamos acordar com a sensação de que dormimos o suficiente, em outras palavras, relaxados.
Quais os danos de uma noite mal dormida?
Aumento do risco de desenvolver doenças crónicas, como diabetes, obesidade, hipertensão arterial, entre outros
Enquanto dormimos o nosso organismo gera uma hormona – leptina – que fiscaliza a sensação de saciedade durante o dia. Os indivíduos que dormem pouco produzem quantidades reduzidas dessa hormona e, por conseguinte, têm mais tendência a engordar.
Perturbações do humor, desenvolvendo-se ansiedade e depressão
Algumas situações do dia a dia podem facilitar uma pessoa ansiosa a dormir melhor. Usufruir de uma boa higiene do sono, o que significa ter horários não muito variáveis para as horas de dormir e acordar, dormir num local calmo, evitar substâncias estimulantes, como cafeína, por exemplo, à noite.
Diminuição da capacidade raciocínio e atenção, interferindo no seu rendimento profissional
Passar muitos dias sem dormir bem faz com que o seu cérebro fique cansado. Logo, as atividades mais simples como tomar decisões, manter a concentração no trabalho e lembrar-se da lista das atividades do dia tornam-se num enorme desafio.
Riscos para a segurança, nomeadamente na condução
O risco à segurança pública na estrada é um dos mais significativos resultados da falta de descanso. O não descansar o suficiente e, consequente, sonolência pode retardar tanto o tempo de reação, como guiar com excesso de álcool no sangue.
Enquanto dormimos, o nosso cérebro tem a competência de organizar as nossas aprendizagens, memórias e estabilizar as emoções.
Quando usufruímos de um sono com qualidade, com o número adequado de horas, reagimos com maior rapidez, pensamos com mais clareza, andamos mais bem-dispostos e somos mais saudáveis.
7 a 9 horas
NÚMERO DE HORAS QUE UM ADULTO
DEVE DORMIR DIARIAMENTE
0 – 3 Meses – 14 a 17 Horas
4 – 11 Meses – 12 a 15 Horas
1 – 2 Anos – 11 a 14 Horas
3 – 5 Anos – 10 a13 Horas
6 – 13 Anos – 9 a 11 Horas
14 – 17 Anos – 8 a 10 Horas
18 – 25 Anos – 7 a 9 Horas
Consequências de uma noite mal dormida
Outro processo que acontece no nosso organismo enquanto dormimos é o fabrico de anticorpos. Por conseguinte, uma má noite de sono encurta a função imune e o número de leucócitos – células responsáveis de combater corpos estranhos no organismo – comprometendo a imunidade.
Por outro lado, um sono não reparador impede a síntese do cortisol e das hormonas de crescimento, dado que os dois são produzidos enquanto descansamos.
Insónia, apneia, narcolepsia, bruxismo,sonambulismo e pernas inquietas são alguns dos vários distúrbios do sono.
Afaste as tecnologias – os dispositivos eletrónicos produzem a chamada “luz azul” que inibe a produção de melatonina – a hormona do sono. Como tal, evite utilizar o computador ou telemóvel antes de dormir.
Para obtermos um nível satisfatório na nossa qualidade de vida e consequentemente dormir melhor, o aconselhado é manter uma alimentação saudável e equilibrada, com atividade física regular, nível de stress controlado, sempre respeitando o horário de dormir.
É também fundamental criar um hábito antes de se deitar.
Tomar banho, vestir roupas confortáveis, desligar os aparelhos electrónicos e não ingerir alimentos com cafeína são algumas dicas importantes para evitar as insónias.