Os Perigos do Sal Refinado e as Vantagens do Sal Marinho
Que o consumo excessivo de sal traz inúmeros prejuízos a saúde isso não é novidade para ninguém.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de menos de 2g de sal por dia, incluindo a ingestão de todas as fontes alimentares.
Entre os problemas da dieta rica em sódio podemos destacar a pressão alta, acidentes vasculares cerebrais e doenças cardiovasculares.
O sal que usamos diariamente na alimentação não é o mesmo que é extraído do oceano. Trata-se do cloreto de sódio, formado pela ligação entre o cloro e o sódio.
Para chegar a essa composição, após ser retirado do mar, ele passa por um longo processo de industrialização.
Fabricação e lavagem são algumas das etapas do processo de transformação do sal marinho em sal refinado.
Durante a produção, cerca de 84 elementos são eliminados do sal refinado, entre eles o magnésio, o cálcio e o próprio iodo natural, que depois é acrescido artificialmente na forma de iodeto de potássio.
Este último é adicionado numa quantidade 20% superior à encontrada no sal natural. O iodo artificial traz, ainda, um outro problema: ele oxida rapidamente quando exposto à luz.
Com isso, é preciso adicionar um estabilizante que, combinado com o iodeto de potássio, produz uma cor roxa.
Essa situação exige a adição de alvejantes para deixar o sal branco, como o carbonato de sódio.
O processo de lavagem também é responsável por eliminar outros componentes, como o krill (pequeno camarão invisível) e o plâncton que, mesmo em pequenas quantidades, são fornecedores de cobre, zinco e cálcio natural.
Depois de todo esse processo, o sal refinado é “enriquecido” com componentes químicos, mas conserva ainda cerca de 2% de elementos perigosos.
Para eliminá-los e deixar o sal mais “soltinho”, é adicionado o óxido de cálcio (cal de parede).
São acrescentados, ainda, agentes antiumectantes, silicato aluminado de sódio e fosfato tricálcico de alumínio.
Por fim, tem-se o sal fino, branco e soltinho que agrada ao consumidor, porém, rico em elementos químicos e com menos de 3% dos seus elementos naturais (que nem são exigidos por lei).
Em Portugal os principais centros de produção de sal estão em Aveiro e Algarve
Sal Marinho – Este sal é mais puro do que o sal de cozinha, pois não passa pelos mesmos processos artificiais. Ele não sofre adição de substância química, é mais escuro, possui menos sódio e tem um sabor mais fraco.
O sal marinho não contém iodo, pois ele é evaporado no processo de extracção do produto, por este motivo é indicado a alternância de sua ingestão com outros sais iodados.
O sal marinho ou sal natural é um produto benéfico, composto por nutrientes primários (elementos) entre eles o iodo natural das algas marinhas microscópicas presentes no sal.
Se usado em quantidades normais, o sal marinho contribui para a reposição mineral do organismo e para um bom funcionamento da glândula tiróide.
O sal marinho pode ser grosso, fino ou em flocos. Pode ser branco, rosa, preto, cinza ou de uma combinação de cores, dependendo do lugar de onde vem e dos minerais contidos nele.
Benefícios do sal marinho:
- Diminui a acidez gástrica;
- Estimula a circulação sanguínea e respiratória;
- Actua como anti-alérgico;
- Auxilia na cura de feridas;
- Mantém o equilíbrio da tiróide;
- Estimula o funcionamento do sistema nervoso, rins e vias urinárias;
- Regula o excesso de sódio e potássio;
- Ajuda na limpeza de mucosas e congestão nasal;
- Se ingerido com água quente, proporciona um sono mais longo, relaxante e profundo;
- Contribui para a manutenção de electrólitos do organismo, essenciais no processamento da comunicação entre as células do cérebro;
- Ajuda no desenvolvimento cerebral de crianças.
Diferenças entre o sal marinho e o sal refinado
Apesar de serem extraídos do mesmo local (o mar), estes sais se diferem em alguns aspectos. O principal é o processo de industrialização.
Enquanto o sal marinho após este processo ainda mantém as suas principais propriedades nutricionais, o sal refinado perde grande parte dos nutrientes, como magnésio e cálcio.
As diferenças também estão na aparência e no gosto: sal marinho é comercializado no formato de cristais maiores que o sal refinado.
É muito importante frisar que o objectivo é sempre reduzir o consumo de sal, seja ele marinho ou refinado. Para se ter uma noção, uma refeição não muito salgada contém de 8 a 10g do produto.
Mais Info: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sal_de_cozinha
Flor de sal sempre!
artigo muito interessante e importante
Já me desfiz do sal refinado… nunca imaginei 🙁